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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Relâmpago

O silêncio ainda hoje cala o grito
Que tentei soltar.
Indeterminadas horas de espanto
Angústia do medo da morte.
E você lá, calado.
Ora balbuciando meu nome
Ora gemendo aflito sem pestanejar.
Um movimento rápido ao chão,
que só fazia lembrar areia movediça.
A cavalaria parecia dar galopes perdidos.

Ninguém nada sabia.
O som tinha ruído feito alto mar.
Tenebroso como o Atlântico da colonização.
Na mente seu rosto desmanchava sem
Que eu pudesse lembrar de suas expressões.
De repente, de um relâmpago,
Vem o vento abraçado a esperança
Avisaram que a vida poderia seguir.

Valéria Hidd.

4 comentários:

  1. Amei Valéria. De forma poética...o relato de uma angústia sem fim...Bjs

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  2. Letras gráficas versadas na expressões em que as ondas do mar não serão capazes de deletar, nem mesmo as eras com as mudanças da contemporaneidade. Contudo, realça a brisa que sacode o espaço e ventila todos os horizontes, congratulou na voz da razão abstrusa, os sinais amplos da magnitude de que você fora capaz. Tudo conectado nos sinais de uma guerreira mulher, sem nada pronunciar, emitiu raios asseverados e confirmados na confiança absoluta de que Deus existe e laborou nestas horas em seu proveito. Parabéns pelo exímio texto onde as gemas brilham em qualquer momento. Abraços

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  3. Erasmo, que lindo poeta!!! Fui mesmo guerreira, nem sei de onde tirei tanto equilíbrio, vontade e coragem...
    Obrigada!!!
    Bjusss

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