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terça-feira, 26 de março de 2013

A vida tem dessas coisas....

Marise Geisteira compartilhou um status
21 de março
AMIGA HIDD
Para você minha amiga, eu desejo… Os Sonhos mais lindos de uma noite. E todos os seus sonhos realizados ao amanhecer. Boa Noite!
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Valéria Hidd ow amiga, eu desejo a vc td de bom....estou em falta c vcs. Vou pra SL na quarta e qd eu voltar vou visitar vcs. Amo vcs todos!!!
Domingo às 10:37 · Curtir · 1

Marise Geisteira Quero lembrá-la hoje, do quanto a sua presença no mundo
é um presente para todos que como eu, podem conviver com você.
Agradeço a Deus, muitas e muitas vezes, pela a sua vida, pelo dom
de sorrir e conquistar amigos, por ver e saber enxergar toda a beleza
que existe em torno de você, por ouvir e saber escutar quando alguém
quer conversar contigo...

Te admiro muito, pela pessoa que você se mostra ser e que
na verdade é, desde quando eu te conheci.
Se faça sempre merecedora do título de amiga, que te cai muito bem,
és companheira, fiel e cúmplice de todos os momentos.

Te adoro amiga. e só mesmo desejar-lhe uma infinidade de
acontecimentos lindos, para a sua vida e para a sua felicidade.
Viva com alegria e muita vontade de descobrir as coisas e pessoas
do mundo, afinal, todas elas tem a sua própria história para contar.

Seja feliz minha amiga e realize passo a passo todos
os seus sonhos,sem nunca desanimar diante das barreiras
que atravessarem em seu caminho.
Estarei sempre com você...
Domingo às 22:21 · Curtir
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  • Valéria Hidd Eu tive que trazer pra cá!! Marise Geisteira, amo demais vc, amiga!! Ficamos adultas, formamos nossos núcleos e isso dificulta um pouco a gente se ver c frequência. Mas jamais esqueço a sua amizade. Seu jeito, seus conselhos, nossas risadas...nossa amizade!! Sabes que sou besta p chorar...Te amo! 
  • Valéria Hidd Trinta anos de amizade.....obrigada!!
  • Saber que posso contar com Marise e ter certeza de que não estou só. E dá-me um certo acalento por enxergar que se não me adaptei a morar fora é porque tenho motivos de sobra para me sentir segura perto de minha família e de amigos como ela. Abri seu face e vi lá datado no domingo passado, essa declaração de amizade e amor. Nossas conversas hj são de duas mulheres adultas que lutam em seu dia a dia por suas famílias. Mas ainda carregamos muito daqueles maravilhosos anos de colégio. Tantas lembranças legais. O corte na cabeça que ganhei porque ela me empurrou sem querer correndo na escola. Aprontamos tanto. Ela mais quieta, mais medrosa, mas confiava na minha sorte. kkkkkkkkk Valeu tudo o que fizemos. Às vezes a gente se interessava pelo mesmo cara, mas nunca nos estressamos com isso. Dividíamos o pão.....kkkkkkkkk uma de cada vez. Nada de bacanal!!! kkkkkkkkkkkkkTem umas coincidências em nossas vidas. Nascemos na cidade maravilhosa e nossos pais são do Piauí. A vida nos deu um presente: nossa sincera amizade! Ahhhhh fomos reprovadas juntas!! Gostamos da sétima série e quase perdemos a segunda vez que a fizemos. Temos muitas histórias juntas. Fomos mães cedo. Ela e meu amigão Ricardo se amam até hj num casamento que sabem conduzir, embora nada fácil como toda relação diária. Já é avó de um lindo garotinho. Amo a família que ela me deu. 

Tempo de Saudade

Um dia desses eu e minhas amigas e amigos estávamos na rua a noite brincando " da bandeira". Fazíamos tipo uma quadra na rua, riscando o calçamento ( hj está asfaltada) com carvão. Pegávamos um galho que simboliza a bandeira, de cada lado. Através de escolhas, ora um lider, ora outro, o grupo a defender a sua bandeira se formava. Era tudo aos gritos e bastante euforia. Corríamos por horas. Perdi e ganhei várias vezes. Tínhamos os joelhos ralados, cabeça dos dedos feridas...Era comum alguém c aquela cor do mercúrio em alguma parte do corpo. Nesse tempo as minhas costelas apareciam. Ai que saudade disso tudo.
Tinha uma agilidade, impulsão, visão de quadra perfeita. Raciocínio rápido para elaborar o plano para chegar a vitória. Gritava, mandava e era grande. Com onze anos media 1,68 m e já apontava a puberdade que claro, era indesejável.
Dentro de nosso grupo éramos como irmãos. Íamos na casa uns dos outros e entrávamos sem bater. Tínhamos também uns códigos: assobios na porta de quem estava de castigo. Minha avó odiava quando eu respondia um assobio. Ela achava coisa de moleque. Mas eu era uma moleca!!! A gente se metia na vida uns dos outros. E se descobríssemos alguém apaixonado era a morte!! Mas éramos cúmplices e parceiros. Nas saídas de bicicleta os maiores sempre guiavam os menores.
Eram tempos diferentes. Havia pessoas ao nosso redor que não existem mais. O leiteiro, o carteiro - os muros cresceram e agora não temos mais contato c eles. O carteiro dizia: hj tem carta pra vc, linda! - a costureira, o sapateiro, o guarda de trânsito em frente ao colégio, a dona Maria do dindim ( chupe-chupe, suquinho), A quadrinha da dona Ísis e a adorável casa alheia. Ah como eu amava a margarina da casa da Lília. Era gostosa!! O pé de siriguela, de manga rosa. Manelzim e dona Edna.
Hoje estamos adultos. Somos pais. Ninguém se perdeu no caminho. Uns partiram preocemente. Não nos vemos mais com a frequência que existiu em nossa infância. Mas quando a gente se encontra parece que nunca nos separamos. Estamos cada um em seu caminho. Enfrentando as consequências de nossos erros e festejando os nossos acertos.
Certo dia César me viu entrar na casa de minha mãe. Eu não o vi. Ele foi até o portão e me chamou. Tive a sensação daqueles tempos de menina. Oiiiii, aconteceu alguma coisa? Perguntei, porque estranhei ele ali. Mas ele apenas queria me ver. Ganhei um abraço e felicitações de Feliz Natal. Coisa mágica. Ele me contou que Rosi sua irmã havia lhe contado que eu chorei quando entrei na casa dos pais deles. Lá foi palco de muitas brincadeiras e alegrias. Festinhas. Passei muitos anos sem entrar na casa de Seu Ribamar e dona Desterro, que hoje descansam em paz. Lá moram duas irmãs. Pessoas maravilhosas que não constituíram núcleos, mas que são tias presentes.
Os pais estão cada vez, cada ano, partindo. Os que ainda vivem estão velhinhos. O tal câncer também os ronda e os leva aos poucos.  Enfarte, AVC...são tristes notícias.
Nossos filhos são como sobrinhos de todos. Muitos nem sei se reconheço mais. Mas não é por isso que os esqueço. A gente torce por cada um de longe. Marise já é avó!! Ai meu pai!! Não quero ser chamada de avó tão cedo. Sei que as avós de hoje são mais jovens, trabalham fora, namoram, vivem suas conquistas...mas ...mas...O netinho dela é uma graça. Ela diz que sou tia avó dele. Bom, desde que ele me chame só de tia, está tudo bem. É muito amado o filho de Vanessinha.
Seria bom se o corpo da gente tivesse a idade da cabeça, da mente. No meu caso seria bom. Sei que tem gente nova-velha. Diabo de uns limites desagradáveis!!Tem essa não de envelhecer bem. Não acredito nisso!A não sei que a gente tenha aquela doença de perda da memória para as coisas do presente.
Bom mesmo é ser jovem e não ter o medo de acreditar na felicidade, mesmo ela sendo momentânea.
Valéria Hidd




domingo, 24 de março de 2013

Essa música me toca na alma!


Ando Precisando

Ando precisando de colo
De acalento
De presença ativa e
Bem-vinda
De músicas lentas com voz branda ao fundo
De dançar na beira do lago ao som de sua meiga voz
De me despir dos conceitos dados ao orgulho imposto
De vento movimentando os meus cabelos
Das mãos dadas no caminhar
Do enlaço em minha cintura
De tato em minha face
Do encontro de lábios
Do riso bobo das besteiras ditas
Da solidão que não escraviza
Do teu olhar a procura do meu
De transformar o some em soma de dois corpos
Ando precisando de você.

Valéria Hidd

sábado, 23 de março de 2013

Um Certo Amor

Como alguém que ama tantas pessoas não sabe falar do amor? Penso muito nisso. Talvez por enxergar as coisas de uma forma muito particular, a visão de que fui me fazendo por enxergar os amores ao meu redor, das cenas que fui participando direta ou indiretamente desde criança. Essas coisas devem ter sua importância em relação ao meu raciocínio.
Acho que a culpa é do foco que temos no momento. Cada fase que passamos, temos uma prioridade diferente desde o nosso nascimento. Cada fase um amor. O primeiro deles sendo nossos pais e assim vai....
Sem entrar em detalhes, pois isso aqui não é um diário, nem confissões de uma mulher que escreve como se estivesse falando com alguém invisível, a grande casa em que fui criada com muita gente ao redor, feito aquelas Casas Grandes só que sem senzalas, se fez como uma universidade da vida. Nela havia velhos, novos, homens, mulheres, crianças e empregados diversos. Além dos cachorros, papagaios, pássaros e ratos e cobras. Imagina esse pequeno nicho. Então, dessa forma, aprendi a me desviar dos boicotes, intromissões, traições, invejas, competições e amor. Este pouco ou muito, foi dado como pôde e recebido do mesmo modo.
Agora me analisando através desse texto está abrindo um leque sem barreiras e com fronteiras em minha mente menina. O amor se faz como pão pão, queijo queijo. Sem sentido mesmo!!
Não vejo o amor como um ar a respirar, porque precisamos respirar para amar. É por isso que respirar faz a circulação fazer vida. E em mim tudo o que foi dando nexo em todo o contexto foi surgindo como o modo de enxergar a liberdade, o companheirismo, a parceria, a lealdade, a traição, a fidelidade, a alegria, a tristeza, enfim, todos os componentes que andam lado a lado ou mesmo inserido no amor.
Realmente não vejo o amor somente como aquelas poesias de ardência sem visão. Vejo algo mais real, mais que carisma, mais que esperança, mais que presença, mais que tempo e distância. Sem exatidão. Com aspectos sem possibilidade de ser decifrado. A pessoa sente e sabe o que é.
Amor pra mim é frase sem sujeito e estamos sujeitos a amar sem regras pré-estabelecidas. Coisa invadida embora se construa uma muralha com o mesmo propósito do da China. Não é coisa ajeitada na cabeça como véu de noiva. É inexplicavelmente sem ajuste. Achava até que ele fosse moldável, mas vi que não é.
Nele, no amor, não há portas fechadas com final feliz, por ele ser muito dinâmico: sobe e desce num certo descompasso.
Os amores não são difíceis de conviver. Apenas aquele que mistura o desejo carnal exerce em nós uma força absurda. Ora negativa, ora positiva!
Valéria Hidd




quarta-feira, 6 de março de 2013

Dores da Alma

Um dia eu esperei e nada aconteceu. Houve chuva, sol, vento, trovões, raios, mas nada aconteceu. Nesses dias em que acho que nada acrescento, também nada sei. Perco o relativo e assumo o absoluto.  Enxergo o mundo com um lado dos bons e um lado dos ruins. Sem intermediários. Nesse dia, ruim estou!!
Não sei como fazer o livro ser aberto. Não posso afirmar que não sei escrever, mas posso dizer que não me vale de nada. Queria mesmo ser era costureira. Não há coisa para mais eu admirar como pegar um tecido e transformar numa peça a vestir. Medir, cortar e costurar. Mexer com medidas. Coisas exatas. Movimentos automáticos. Uma arte.
É, mas somos o que somos. Onde eu colocaria o meu interior caso tivesse o dom da costura? Talvez não seria essa pessoa tão complicada que sou. Não fosse tão triste por dentro. Não tivesse a alma tão doída a ponto de me espelhar nesta para criar uma de minhas senhas: doresdaalma....Não enxergasse tão além do horizonte. Não acordaria assim como aquilo que Robert Frost escreveu certa vez: " Eu tive uma briga de amantes com o Mundo". Entendo esse cara. Tem dia que me vejo dessa forma.
Hoje é dia de recuo. Dia para adiar pensamentos e planos. A prioridade é não existir. Fazer movimentos ensaiados. Trabalhar sorrindo. Dá a impressão de que a vida é bela. Quem dera eu tivesse o pai do garotinho da Vida é Bela!! Ser protegida da paisagem que se movimenta ao meu redor.
É dia para dar uma gargalhada debochada para os audaciosos que vivem a vida dos outros observando somente o que dá para ser visto. Queira minha vida, mas carregue toda a minha alma junto.

Valéria Hidd




segunda-feira, 4 de março de 2013

Mendigar um Sorriso

Estava pensando naquela parte da música de Zé Ramalho que diz assim: "como é triste a tristeza mendigando um sorriso". E me veio a questão: " quem conhece os caminhos do amor?" Este rege nossas vidas. É quem faz a gente rumar com vontade ou por obrigação. E fico matutando em minha cabeça essa impressão que o Tempo me traz. Essa coisa dele passar esperando. É meio sem nexo isso. Mas vejo sentido na espera do Tempo mesmo ele sendo dinâmico e carregar a vida com seus sentimentos e emoções nas costas. O que faz ele ser rápido ou lento.
Eu acredito que nossos espíritos estejam conectados de alguma forma. E como temos várias formas de amar as tantas pessoas que conhecemos, a proporção dessa conexão depende do grau de envolvimento que temos uns com os outros. Como se fôssemos um jogo de montar. A paisagem depende da perfeição dos encaixes. Nisso a natureza se faz até cruel. Sentir uma coisa que não vem de você e ficar ansioso e angustiado sem entender o que se passa na alma não é nada agradável. Isso dá umas oscilações no riso aberto. Mas a gente vai vivendo e tentando vencer nossas batalhas diárias, mesmo sentindo essas coisas estranhas que vem com o vento. Um determinado dia a gente entende o que foi aquela brisa que nos causou um arrepio inesperado. Isola três vezes, a gente diz!!
Como sou ligada nessa coisa de achar que somos todos habitantes de um local só e que estamos aqui para cumprir algo que nós mesmos combinamos sei lá onde e porquê, creio cada dia mais que se entendêssemos porque nascemos para morrer um dia, não haveríamos de viver essa vida que nos chega todos os dias. Isso vai me dando a nítida certeza de que partilhar o máximo possível com quem amamos é uma das mais importantes regras. É como se fosse um dos mandamentos. Digo no sentido da importância que este tem.
Eu penso demais. Isso não é bom. Chafurda a minha cabeça. Tenho umas feridas que não se enxerga. Aquelas que surgiram por gestos ou palavras. Ficam lá escondidas na gaveta que inventei na mente. Às vezes preciso dar uma olhada para ver o que acho de interessante nas coisas que não doem mais. Eu tenho a necessidade de estar com os meus ganhos, perdas e restos. Quase não tenho tempo para eles, mas fazem parte de minha história de vida. O bom de ver as coisas depois que elas perdem aquela imensa importância é que há várias versões de nós mesmos. É. Tem disso na vida. Eu já percebi. Somos outros antes , durante e depois dos acontecimentos. Se alguém nada muda, pode dizer-se um idiota. 
As mortes de pessoas próximas a mim me deixam cada vez mais mortal. Quanto mais novo o falecido, mas mortal vou me transformando. E mais desapegada às velhas questões eu vou ficando. Aquelas águas turvas com pedrinhas foscas, vão se transformando em águas de oceano verde com pedrinhas coloridas e brilhantes. E vou enxergando uma floresta povoadas de fadas, mas com plantas carnívoras também. Há o belo e o fantástico, mas há o lembrar do pó. Deste que se volta. Do regresso. Do lar misterioso que nos aguarda e do qual eu imagino os meus mortos. Isso me acalenta. É uma verdade. A minha!
Mendigar um sorriso é querer uma vírgula quando ainda não se consegue chegar ao ponto. Sei o que é  isso porque eu já convivi com amigas que se viram num puxar de tapetes que a vida lhes deu sem dó e nem pena. Perdas que trazem uma dolorosa saudade que vai aumentando conforme vai se tendo a certeza de que aquilo não vai passar enquanto de viver eterno se fará aquela ausência. Cada dia mendigando um sorriso.
Não há uma ordem na natureza. A idade não conduz os fatos, mas causa indignação. Saramago dizia que os filhos são emprestados. E como aceitar tal coisa? Na verdade tudo nos é emprestado. A gente não leva nada daqui da Terra. Voltamos só com o que carregamos na alma. E ninguém nem percebe pois a janela desta se faz fechada. 
Eu a esta hora sinto-me com essa coisa de que ficou algo sem dizer, mas carrego a mente sã em ter total consciência de que um sorriso a cada encontro fora trocado. Palavras engraçadas, conversas colocadas em dia e as tiradas da boemia. Vida louca vida, é isso que a natureza e sua falta de ordem é: LOUCA!
E assim a cada dia me acho mais nova. Quarenta e um anos é pouco para morrer e muito para viver? Tem gente que se acha velha com quarenta....pois então pensa na morte com essa idade!! Em teu velório irão dizer: oh tão nova....
Vamos viver sem levar em consideração o que nada acrescenta.É muito melhor espreitar um leve sorriso de canto de boca do que se maldizer da vida. Viver embora as tempestades é driblar a desordem de que vez por outra nos assombra. É triste ver os mais novos serem enterrados por seus pais.

Valéria Hidd