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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Comigo Coisas Acontecem

Ainda bem que eu existo pra mim. Eu sempre me ajudei a sair das confusões em que fui me metendo. Seja com tiradas com cara de pau, seja com reza (atendidas pq mereço), seja com sorte, seja por causa do destino. O acaso, não. Este aí nunca bateu em minha porta. É como se eu fosse duas pessoas. Uma de mim é cômica, como nesses filmes comédia romântica, que só mesmo a mulherada que gosta. Sou capaz de ir anos na casa de uma amiga e certo dia notar um quadro lindo na parede. E ao elogiar, descubro que está naquele mesmo lugar desde que minha amiga casara. Acho isso em mim, o máximo. Sempre há coisas novas para eu enxergar. Quem é observador e curioso demais, não tem este privilégio. Não sei o número de um dos meus celulares. Não sei o porquê. Há um bloqueio. Mas sei o número do telefone fixo de três mães de amigas de infância. A mente é uma coisa surpreendente.
Eu só percebo o que realmente tem algum sentido, algum valor sentimental. Creio eu!! Não tenho mais certeza de nada. Ultimamente ando mudando de opinião feito adolescente que toda semana gosta de um garoto diferente. Não que seja algum distúrbio de personalidade. Apenas passei a entender mais, algumas pessoas e seus fatos. Criticamos tanto os outros e quando de repente você se encontra em uma situação que traz um monte de questionamentos - iguais aos de onde viemos, para onde vamos....essas coisas de filósofos - Você percebe o quanto tempo perdemos julgando os outros. E é porque não enxergo tudo do jeitinho que é. Às vezes acho tão chato alguém que nunca me fez nada.... e outras vezes passo a amar quem pouco contato eu tenho. E fico assim escrevendo esses textos rídiculos para que minha amigas curiosas me perguntem por meio de msg, o que realmente quero dizer, ou pra quem foi aquela, hein? rsrsrsrsrssrs.
Escrevo desde criança, então nem me perguntem....vou escrevendo e sai coisas sei lá de onde. Deve ser porque penso demais....durmo tarde...durmo pouco...Miguel Falabela precisa apenas de quatro horas para dormir e já tem pique pra começar uma nova história. Então não sou a única, embora eu seja a VALÉRIA, um substântivo próprio que deveria ser simples, mas sou derivada e complexa, por ser várias.
Ontem, Galeno me fez ir ao Girafas (lanchonete). Uma gripe o deixou tão chato, enjoado pra comer...que fui comprar aquelas porcarias tipo Mclanche feliz. Comprei o tal sanduiche e fiquei esperando com a senha 167. Pensando na música "um certo alguém" de Lulu Santos que tocava bem baixinho no local. Um casal em uns amassos ridículos num canto e uma funcionária com pouca vontade de ensinar a menina com a blusa "estagiária". Ah tinha uns gays ( nada contra) conversando baixo, sotaque de fora. Enfim...pimbim 167. Esqueci de dizer que era para viagem. A moça apenas sorriu. Sei que por dentro ela me jogou uma praga. Affff essas coisas não pegam em mim!!! Lá fora meu carro me esperando. E num é que começou a chuviscar e o carro travou? (aqui cabe um xingamento) Mas tinha um detalhe surpreendente: eu ouvia a plin plin quando tentava abrir e também ouvia plin plin na hora que apertava o local para fechar. Imaginei-me entrando pelo porta malas... com ódio mortal do carro, mas ele também não abria. Resolvi então meter a chave, esculhambar logo tudo (pq o som não tá prestando). O alarme disparou. A porta abriu? Abriu (cabe outro xingamento) de jeito nenhum. Vem lá de dentro do Girafas um cara se acabando de rir. Esse carro é meu!!!! O seu é aquele ali!!!! Caímos na gargalhada e todos lá dentro riam também. Menos os que estavam se engolindo lá no canto. Simplesmente o meu carro era um carro depois do que eu estava dentando abrir. Idêntico!! Claro que o do cara não tinha o meu terço enrolado no retrovisor e nem a bagunça que há no meu: brinquedos, sandálias, papeis de propaganda....o do cara era limpinho, ou estava, não sei quem ele é.
O engraçado é que saí mal humorada, com preguiça de ir... e lá, eu mesma me faço sorrir. Aí vem aquela coisa chata que a gente lê: a felicidade depende de nós mesmos! Mas num é que é mesmo?Sempre faço parte de situações engraçadas, algumas desesperadoras como: perder o Galeno no Shopping e dar o maior escândalo que Teresina já viu ( trauma).....vou contar depois as outras coisas.
Galeno quando cheguei da rua agora a tarde, entrou comigo no banheiro. Fiz xixi.(nunca mais, percebi que ele deu uma crescida).
"Mamãe, deve ser ruim, não ter pintola!
Por que Galeno?
Tu faz sentada!
Pois eu acho muito melhor assim, eu nem me molho com os pinguinhos de xixi!!!
Eh....mas quando tu precisa ir no banheiro quando a gente tá na rua, tu diz: pára aí num bar, eu quero ir no banheiro!!
O papai fica em pé perto do carro, faz xixi e ninguém vê".
O menino de cinco anos, observador e curioso, constata que tem umas vantagens por ser homem. Aposto como se ele estivesse comigo teria me avisado que o carro não era aquele.
Pode ter lá suas vantagens em ser observador, mas também a piada foge.
Valéria Hidd.

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