De repente não posso dizer-te
o que te queria dizer,
homem, perdoa-me, saberás
ainda que não escutes as minhas palavras
que não me pus a chorar nem a dormir
e que estou contigo sem te ver
desde há muito e até ao fim.
Eu percebo que muito pensem,
e Pablo o que faz ? Estou aqui.
Se me procurares nesta rua
encontrar-me-ás com o meu violino
preparado para cantar
e para morrer.
Não é por querer deixar alguém,
nem aos outros nem a ti,
e se escutares com atenção, na chuva,
poderás ouvir
que vou e venho e me demoro.
E sabes que devo partir.
Se não se entendem as minhas palavras
não julgues que sou o que outrora fui.
Não há silêncio que não se acabe.
Quando chegar o momento, espera-me,
e que saibam todos que saio
a rua, com o meu violino.
PABLO NERUDA
Olá Valéria!
ResponderExcluirPassei para conhecer seu blog ele é muito maneiro com excelente conteúdo gostaria de parabenizar pelo seu trabalho e desejar sucesso no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminho e de seus familiares
Um grande abraço e tudo de bom
Obrigada!!!Que bom que gostou. Fico feliz!!!
ResponderExcluirAbraços e td de bom!!